Como comunicadores internos, nosso principal objetivo sempre foi conectar as pessoas com as organizações. Somos parte de uma disciplina relativamente nova, mas, ao longo destes anos, pudemos observar como nosso próprio trabalho transformou essa forma de relacionamento.

Aproximar a informação (somente) já não é suficiente. E se nos perguntamos por que, poderíamos considerar que as novas gerações, na hora de escolher uma empresa para trabalhar, analisam a proposta de valor ao empregado. E, como em qualquer outro mercado, se têm a possibilidade, escolhem a proposta que melhor se adapta à sua forma de vida. Isso inclui "uma forma de ser" da Marca Empregadora.

E é aqui que precisamos nos responsabilizar: na construção dessa personalidade, a Comunicação Interna tem tido um papel importante. Como resultado da busca por estar cada vez mais perto das pessoas, de aproximar os líderes, as equipes, de contar as coisas "fáceis e acessíveis"; hoje os empregados querem conhecer a "forma de ser e fazer" das empresas por dentro.

Mesmo quando já fazem parte, querem estar convencidos de que o que fazem é útil para além do seu "metro quadrado" e que, portanto, podem trabalhar com vontade.

O storytelling dá sentido ao fazer, e ao mesmo tempo deve estar à altura da transformação que vivemos nas empresas. Uma pessoa convencida do lugar que ocupa em uma organização é a melhor publicidade que uma marca pode ter para atrair e reter talentos. Por isso, 49% dos profissionais que participaram deste diagnóstico responderam que as empresas das quais fazemos parte investem em storytelling e narrativas atraentes para reforçar a cultura organizacional.

Além disso, o diagnóstico demonstra que estamos bastante conscientes desse papel, porque 58% das empresas reconhecem que a Comunicação Interna influencia na percepção da Marca Empregadora, e 84% acreditam que o campo de influência da CI se expande para a Marca Empregadora. Ao que parece, a CI não só reforça a cultura organizacional, mas também é chave na construção de uma Marca Empregadora sólida.

O formato preferido para a construção da Marca Empregadora é cada vez mais o audiovisual: 76% dos profissionais priorizam o uso de vídeos como formato chave dentro da estratégia de Comunicação Interna (CI); um dado coerente com a necessidade cada vez mais fundamental de mostrar autenticidade e transparência.

No Banco Macro, começamos a trilhar esse caminho após a pandemia, olhando para dentro e repensando nosso propósito como banco: ajudar a "que a Argentina pense Grande, pense Macro."

Um propósito que lançamos após realizar um diagnóstico através do qual nos perguntamos sobre nossas fortalezas e fraquezas como Marca Empregadora. Os atributos mais importantes para nossos empregados foram a grandeza e a proximidade. Duas virtudes que também são observadas por nossos clientes e que, sem dúvida, nos permeiam como Marca Empregadora.

Da área de CI, nos propusemos a "aterrizar" esse "pensar grande", torná-lo concreto, encontrando a grandeza nas histórias de sonhos e projetos alcançados por nossos clientes e nossos colaboradores. Pequenas grandes histórias de vidas que mudam graças à presença do banco, mesmo em lugares remotos, onde nenhum outro banco chega. Nossos colaboradores valorizam o propósito do banco e a coerência com que ele o leva adiante desde suas origens.

Vejo, logo existo. Somos testemunhas das amplas diferenças que nossas métricas apresentam quando contamos algo de forma audiovisual. Preferimos ver e ouvir em primeira mão a ler um comunicado. As notícias são mais legítimas quando contadas pelos protagonistas. E, como a maioria das companhias que participaram do diagnóstico, nosso formato favorito hoje em dia é o audiovisual. São nossas próprias equipes que nos contam as novidades e as mudanças em nossas formas de trabalho.

E que melhor forma de honrar nosso propósito como comunicadores do que ser partícipes de uma transformação que continue democratizando o acesso à informação? Voltarmo-nos para a criação da Marca Empregadora implica que a Comunicação Interna atingiu um novo nível de maturidade? É muito provável.

"Saber contar" é um ofício que se aprende, e as empresas estão o adotando porque puderam conhecer os resultados positivos de comunicar seu propósito e sua forma de fazer as coisas para o talento que desejam atrair.